
Estou no supermercado pagando a compra quando alguém se oferece: “levo no carro para a senhora.” Nem respondi. Nem olhei. Certamente não era comigo. Não sou senhora, nunca fui. E quando já estava dando no pé para evitar o inevitável, o empacotador pegou as sacolas da minha mão. A tal senhora era eu.
Sabemos que esse dia vai chegar, mas não hoje, não ainda. É cedo pra senhora.
Foi o chefe quem mandou. Chefes decidiram que todo mundo com mais de 20 deve ser chamado de senhor e senhora. Chefes antiquados, chefes que não sabem como agradar a clientela, chefes que não se tocam que senhora é minha avó. E quem tem avó não tem idade nem aparência para ser senhora. Sempre foi dessa forma.
Está lá, senhorita, no cadastro da loja. E no perfil da TAM, no banco…
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O dia que viramos senhora
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Sobre mariliz pereira jorge
Sou jornalista, moro no Rio, mas vivo com um pé – e metade do coração – em São Paulo, onde morei até maio de 2012. Adoro o cheiro do aeroporto, de andar em calçadas desconhecidas, de ouvir línguas que não entendo! De dançar até as pernas cansarem e de dar risada até a barriga doer… Não vivo sem Coltrane, cerveja gelada e sorvete no inverno. Adoro gente. Adoro tentar entender as loucuras da alma. Da minha e dos outros. E gosto de transformar isso em palavras, em frases e histórias.
Hoje, sou colunista da Folha de S.Paulo, colunista e apresentadora do MyNews (YouTube), roteirista de TV e dona do meu nariz. Todo conteúdo publicado no blog é de minha autoria. Fui editora da Folha de S.Paulo, da TV Globo, das revistas Women’s Health e Men’s Health, repórter de Veja, além de ter contribuído para veículos como O Estado de S.Paulo, revistas Nova, VIP, Viva Saúde entre outros.
Dei minhas voltinhas no mundo da publicidade, produzindo conteúdo para Brastemp, Consul e Itaú.