As criaturas mais evoluídas para mim são as que não sentem ciúme. Não sou uma delas. É nessa hora que vai por terra a minha ilusão de ser uma pessoa sensata e equilibrada. Tenho ciúme da sombra, mas fiquei aliviada quando li um livro sobre o assunto da psiquiatra italiana Donatella Marazziti. Ela diz que o ciúme é inato. Todo mundo tem, mas alguns ficam obsessivos, paranóicos, sensíveis, ansiosos.
Eu devo ser do tipo ansiosa. O meu ciúme nasce da imaginação, sofro sem motivo, com o desconhecido. Nunca me incomodei um tico com as amigas, conhecidas e colegas de trabalho dos namorados. Mas se não conheço, espumo.
Meu marido fala há meses de sua parceira de frescobol, que ele não encontra há muito tempo. Não sei se é magra, gorda, vesga, loira, nada. Mas cada vez que ele toca no assunto tudo que eu vejo é a Ursula Andress saindo do mar de biquíni branco, segurando uma raquete. E babo de ciúme. O sentimento vem e vai embora rapidinho, mas é o suficiente para embrulhar o estômago. Engulo a baba, claro.
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Ciumentos e felizes para sempre
Mariliz,
Do Rio, carioca como vc, acompanho suas pequenas desventuras.
Carioca como vc, me divirto com a leitura dessas revelacoes obvias do cotidiano que so sao percebidas por quem tem os olhos, o coracao & mente abertas.
As palavras ,quando escritas ,ganham pes.
Quando faladas, asas!
Keep walking, keep smiling