
Sempre me confundi com os santos. Nunca soube para qual rezar. Já virei Santo Antonio de cabeça pra baixo e afoguei o pobre num copo d’água. Tenho certeza de que ele se vingava. Mandava homem, mas nenhum prestava. Tentei várias alternativas. Deixei dentro do congelador. Tirei o menino Jesus do colo. Só não fiz a simpatia da nota de R$ 2. Aquela que você coloca a nota entre a cama e o estrado, procura um mendigo no dia seguinte e… deixa pra lá.
Então, descobri que santo bom mesmo, desses que arranja marido, é São José. No dia dele, me explicaram, eu teria que sortear entre vários papeizinhos, o nome de uma fruta e passar um ano sem comer nada que levasse a bendita. Tirei jaca, sorri diabólica, mas logo pensei que não era justo enganar o santo. Detesto jaca. Estava em vantagem. O santo ia ter que se virar rápido.
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Oração do desencalhe
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Sobre mariliz pereira jorge
Sou jornalista, moro no Rio, mas vivo com um pé – e metade do coração – em São Paulo, onde morei até maio de 2012. Adoro o cheiro do aeroporto, de andar em calçadas desconhecidas, de ouvir línguas que não entendo! De dançar até as pernas cansarem e de dar risada até a barriga doer… Não vivo sem Coltrane, cerveja gelada e sorvete no inverno. Adoro gente. Adoro tentar entender as loucuras da alma. Da minha e dos outros. E gosto de transformar isso em palavras, em frases e histórias.
Hoje, sou colunista da Folha de S.Paulo, colunista e apresentadora do MyNews (YouTube), roteirista de TV e dona do meu nariz. Todo conteúdo publicado no blog é de minha autoria. Fui editora da Folha de S.Paulo, da TV Globo, das revistas Women’s Health e Men’s Health, repórter de Veja, além de ter contribuído para veículos como O Estado de S.Paulo, revistas Nova, VIP, Viva Saúde entre outros.
Dei minhas voltinhas no mundo da publicidade, produzindo conteúdo para Brastemp, Consul e Itaú.
Texto fantástico, como sempre. Parabéns. Gostei da última frase, também não acredito em nada e acredito em tudo.