Ontem uma conhecida mudou o status de relacionamento no Facebook. Foi uma comoção. Até eu, que nem sou muito próxima, fiquei feliz uns minutinhos por ela. E pensei em todos os “vivas”, “uhus” e votos de felicidade que lotaram a timeline da minha conhecida. Imagino que os amigos de verdade, aqueles que sabem mais sobre esse relacionamento que “ficou sério” até no Facebook, estão felizes por razões concretas. O namorico virou namoro; ela estava solteira fazia tempo; enfim encontrou um cara decente (daqueles que a gente apresenta pra mãe). Esses são os amigos, e amigos fazem festa até quando a gente compartilha foto do bolo de fubá que deu certo.
Mas ninguém tem 150 melhores amigos. E foi com essa massa que eu me identifiquei quando passei os meus minutinhos ficando feliz pela felicidade alheia. Tenho certeza que menos gente teria se manifestado se ela tivesse falado de um trabalho novo, da compra de um apartamento ou de uma viagem de férias incrível. Porque todas essas coisas dependem muito mais de talento, empenho e planejamento que encontrar um amor. Um amor pra chamar de seu e até pra colocar no Facebook. Um amor de verdade precisa de um querer enorme, de disposição, de paciência e, hoje, de um tantão de sorte. Por isso a mudança de status dela de “solteira” para “em um relacionamento sério” foi um sopro de esperança pra esse monte de gente avulsa que anda por aí. A reação da maioria parecia quase um alívio coletivo porque ela e o namorado tiveram a sorte de encontrar alguém nesse mundo malvado que a gente vive. E se eles conseguiram…
Ontem também, uma amiga (essa de verdade) postou a seguinte frase: “Diante da vastidão do espaço e da imensidão do tempo, para mim é um prazer partilhar um planeta e uma época com você – Carl Sagan”. Só isso, sem coraçãozinho, sem taguear a razão dos seus suspiros. Ela também está namorando, depois de longos e tenebrosos invernos, passados sozinha ou com gente que não valia nem a grana pra lavar o edredom na lavanderia. Foi o jeito dela de se manifestar e dizer que está feliz e amando. E eu fui dormir com um sorriso no rosto pensando no amor, na minha amiga, na minha conhecida e desejando que todo mundo tenha a mesma sorte – além de vontade, disposição e paciência.
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Muito legal o conteúdo desta reportagem, e gostei de saber que vc também gosta de SP. Eu amo SP.
Solange! Morro de saudade de SP!
Parabėns pelo sucesso -brilhe sempre e expresse nos textos a riqueza do seu interior.
Parabėns pelo sucesso -brilhe sempre e expresse nos textos a riqueza do seu interior.Cleide .A.F. Rodrigues.
Belo texto! 🙂 Mas eu tenho uma visão diferente deste “amor de verdade”, único momentâneo e forçosamente monogâmico, e acredito que a consciência coletiva está caminhando, transcendendo para isso abaixo… Para mim:
O amor é a gente próprio que emana. Quando amamos alguém é por que o amor somos nós. Quando você ama, VOCÊ é que vibra o amor. E o amor é você, você é o amor.
Ninguém é ou será o SEU amor.
A vibração amor não tem rédeas, preço, nem dono. Ela apenas se comunica, se entende, se compactua: com outros amores, de muitas outras pessoas, e ao mesmo tempo, só que em vários níveis de vínculo.
Começa por aí, a gente tem que gosta da gente primeiro. 🙂